Via Dolorosa...

Do peito perfurado pela lança

do “você não pode”,

escorre em vermelho absoluto,

sobre o papel,

o sangue do poeta.

Bem feito!

Quem te mandou ser carne?

Maldita dor,

essa que me consome

no silêncio dos dias,

nos interstícios das lágrimas.

Pode chorar poeta,

Pode chorar...

Não se preocupe,

porque ninguém te escuta!

Pode gritar poeta,

pode gritar...

Não se preocupe,

porque o amor não se renuncia!

Mauro José Ramos
Enviado por Mauro José Ramos em 31/10/2007
Código do texto: T717416