NÃO ASPIRO A BEM-AVENTURANÇA

Sou amigo de passos pesados.

Sou amigo de voz firme, contundente, até ouço, mas não sou de ficar calado.

Os fantasmas têm que ser exorcizados, eu exorcizo os meus.

Se me deixares, exorcizo os teus.

Sou gentil, falo de paz e bem, mas endureço com almas indulgentes.

Gosto de tocar corações perfeitos e imperfeitos, como o meu próprio coração.

Doo afeto e atenção, sem clientelismo e interesse.

A luz, pego emprestada do universo, não sou anjo, flor ou passarinho, mas voo, cheiro e canto, por sonhos e utopias.

A liberdade é um dos meus princípios e desatinos, vou e fico, fico e vou, e só me aninho, a um grande amor.

Não sou bem-aventurado, porém sei ser um bom amigo.

Marco Paulo Valeriano de Brito
Enviado por Marco Paulo Valeriano de Brito em 28/03/2024
Reeditado em 28/03/2024
Código do texto: T8029854
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