Duas e cinco
já passou da uma
e eu mais uma vez
sentada no meu quarto
sendo obrigada a ficar calada
sobre os desagrados que você me faz
eu não sei das suas intenções
imagino mil jeitos
de poder te desvendar
e você se olha no espelho
sem nenhum peso
sem nenhum desespero
enquanto eu me descabelo
sem poder desabafar
é entre esse bem e mal que você me faz
que eu me perco
onde eu desconheço
os significados de tudo o que você diz
quando não me encara
mas se foi assim que escolhi seguir
procurando você pelas ruas que passam
sem pedir explicações para os seus gestos
pode ser que na hora de partir
seu nome seja a minha última respiração
sem nenhum peso
sem nenhum desespero