Virada repentina

Quando você desponta na minha rua,

Uma sensação estranha me acomete.

Vem caminhando toda faceira. E eu inerte,

Fico observando teu andar, até passar.

Um calor me sobe quando chega perto,

Fico mudo, não digo nada.

Afinal de contas de um rapaz, você é namorada,

E traz uma aliança no dedo, que dá medo.

Sendo a rua longa, depois que passa,

continuo a fitá - la, um pouco mais.

Quase não pisco, com tua presença que faz,

Criar devaneios, que me põe a sonhar e flutuar.

Já um pouco distante, quase ao final,

Numa virada repentina, você me encara.

Olha direto nos meus olhos, não pára,

Fico vermelho, a face cora e você vai embora.

E a dúvida que surge, me deixa confuso,

Com as batidas fortes aquí no peito.

Ritmo acelerado, não tem jeito,

São coisas do coração, tá parecendo que é paixão.