Vício da Alma

Eu sou a flor

Embebida de orvalho

A inquietude

Que alimenta a serenidade

Aquele que parte

E deixa saudade

E aquele que fica

Depois da partida

Eu sou a palavra que falta

Daquilo que não têm palavras

O caminho mais curto

De uma estrada sem fim

O que há de mais doce

No sorrir de uma lágrima

Eu sou a dor

Mais nobre do querer

O silêncio absoluto

Que todos querem ouvir

A fronteira imaginária

Entre o ser e o sentir

E eu sou a doença

Disfarçada de cura

O impulso

Necessário do salto

O espaço

Preenchido entre os olhares

E o vício

Mais íntimo da Alma

Eu sou o amor ...

Marcelo Roque
Enviado por Marcelo Roque em 09/06/2008
Reeditado em 15/03/2012
Código do texto: T1026844