NAU

NAU

Seus olhos eram veleiros

Abertos lençóis de paz

Bandeiras trêmulas

Convidando- me a subir a nau

Corpo que me levaria a viagens

Entre águas, suores de paixão

Turbilhão e ressurreição

Proa que me daria direção

A terra firme, dos sonhos florais

Avistando gozados paraísos dourados

Deslizar, navegar sobre seu corpo

Em noites de sedução sob seu comando

Convidada perdida,

caça de seu galeão

Sôfrega a cada gota, resvalo gaivota...

Ao leito azul mediterrâneo

Nosso poema marinho

Sem tempestades, só vontades

Sem parar, sem ancorar

Aportar já eu estaria

Assim viajante e amante

Entre teus remos braços

Aos seus olhos em chamas

Acendendo meu olhar candelabro

Nunca ao cais...

Apenas a nau

Em balanço, sem rota

Aos nossos ais

Ao resvalo das gaivotas

Cíntia Thomé

Cíntia Thomé
Enviado por Cíntia Thomé em 13/06/2008
Código do texto: T1033320
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