“CONFISSÃO DE AMOR”

 

 

Amor,

eis aqui minha súplica...

E a faço, não com a voz da boca, mas com a voz do meu coração...

Não tenho como controlar estas palavras, pois de mim sem meu querer elas saem,

vez que nem sou eu quem as pronuncia, nem sou eu sequer quem as pensa

nem eu sabia também, que as tinha...

Mas sinto que sou por elas defeso, nessa necessidade de ficar calado,

e te dar proteção e de ti, esconder que aos poucos morro

todos os dias, sem você...

Amor,

É este coração inquieto e não eu, que quer te confessar, dizer neste pedido

em forma de oração, nessa canção em forma de voz, nesse silêncio que é pra ser,

por ti...compreendido;

que ele te fala e pede...

e te implora...

Amor,

Por favor me permita ...

Em silêncio chorar a tu falta de maneira, que essa dor se me torne possível suportar.

Que eu lave de mim todos os dias essa mágoa com todas as lágrimas que,

se não são um alívio, são um bálsamo, por de longe sofrer tanto por ti

assim...

Permita-me  amor...

Que por te amar eu me esqueça do que sou e torne-me desse homem, um menino,

e em sendo este,  ter a desculpa de por ele ser, chorar à toa,

                      seja escondido pelos cantos da casa, seja na cama, 
                                          na rua ou em qualquer lugar.

                                                  Saiba que,   

 Esse coração que tanto te quer e não tem,

e por não te ter, não quer que eu tenha mais amigos,

nem deles a companhia;  prefere que eu tenha a solidão comigo

eis que ambos, não achamos graça alguma nas ruas, cinema ou bares.

Triste ele, triste eu, perdemos a vontade de cantar, de rir, de passear

 Junto com meus olhos e pensamento ficamos todos

a te pensar, te imaginar, te sonhar

e muito, muito te querer...

Porque tudo em mim

minha amada...

Te ama...

Te ama..

E te chama... 

Athos de Alexandria     26-06-2008