SER Humano

Quando o orgulho cresce

E a razão se intimida,

O amor teme

Pelo que virá.

Quando a ira se sobressai

E as palavras, afiadas como navalhas,

Ultrapassam a linha da compaixão

O homem torna-se cruel e onipotente.

Quando o sol já não aquece

E a Lua não inspira,

O Homem está doente

A Vida perde espaço.

Quando as armas nos fascinam

E a Vingança nos jubila,

Não somos mais que máquinas

Cumprindo um ingrato ofício.

Quando a voz da consciência

Foge-nos pelas brechas do ódio,

Nos encontramos num flagelo

Quase intransponível.

Quando o rancor nos motiva,

A doença felicita-se por mais um

Refúgio vitalício,

De onde não será expulsa.

Quando o amor

Nos abençoa

Somos mais, somos nós

Somos Humanos.

Gustavo Marinho
Enviado por Gustavo Marinho em 28/01/2006
Código do texto: T105295
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