Inesgotável

De repente me vejo perdido

Meio a muitas sensações do inesperado:

Frisson

Loucura

Surrealismo e divagação

Procuro entender... percebo ser ininteligível.

Ao passo em que a razão faz-se distante embora tão perto

Entendo que o " tudo" que acontece me é certo

Para poder uma vida feliz viver.

Só isso por enquanto me basta

E dessa incerteza

Tua presença me afasta

Pois inclui-me num mundo colorido

Cores transcendentes ao Arco Íris

Até mesmo uma pintura neoclássica

Cores oriundas de ti

Da sua alma

Dos seus olhos

Cores infinitas dum espectro: vida

Que jamais cinzas tornar-se-ão

É um todo que me faz completo

Suor, sangue, carne, pele e movimento

Que me instiga a devorá-la como um louco alucinado

Degustando inclusive a alma

Que me é o prato principal

Alimentar-me de ti, hoje fundamental

Pois tu és como o ar que eu respiro

Como um sopro vital que me invade as narinas

Me enche o corpo de oxigênio

És meu sopro de vida

Meu Verbo Divino

Pois já és a minha própria vida

E eu quero ser a sua também

Trocar contigo experiências loucas por si

Tocá-la

Senti-la

Invadir-lhe o corpo

Ir até tua intimidade maior

E atingir o espírito

E sugá-lo a seiva

E gozar com a alma

E sublimar a existência

Pois tudo que sinto é:

Infinito por excelência

Indecente na essência

Intransigente à inteligência

Incompatível com ciência

E inerente a demência

É:

Improvável

Inexplicável

Impessoal

É oração sem sujeito

Verbo intransitivo

É substantivamente Amor

Para sempre amor

E mesmo que o para sempre sempre acabe

Que tenha sido e seja sempre

Inesgotável

Infinito

O mais bonito

Dentro da dimensão do nosso nós...

Rodrigo Augusto Fiedler
Enviado por Rodrigo Augusto Fiedler em 05/07/2008
Código do texto: T1065408