PAIXÃO DE VAQUEIRO
A tarde caia... As águas serenas
De um lago azulado, o céu refletia.
O sol descambava de ouro inflamado
E no alto uma estrela tremeluzia
As aves voando buscavam seus ninhos
As matas imensas já mudas quedavam
O fogo das roças nas grandes queimadas
O brilho vermelho sol refletia
Das águas dos rios, lagoas e cascatas
Ouvia-se mais nítido o seu murmurar
Os bois vagarosos os campos deixavam
Depois de um dia de intenso lavrar
Um jovem vaqueiro franzino e romântico
Com seu violão cantando ao luar
E uma linda donzela de longe vibrando
Olhando e ouvindo o seu príncipe cantar
O vaqueiro poeta cantava animado
E nem mesmo sonhava em ser tão amado
Por aquela beldade de olhar sonhador
Um dia seus lábios num beijo se uniram
E os dois corações no peito se explodiram
Felizes, cantando uma jura de amor.
ToninhoFerreira
POEMA INÉDITO