Tear de Paixões

Tear de paixões

Muitas paixões eu vivi

Talvez tenha morrido em muitas delas

Ficou algo de mim no passado

Um corte de linho amassado

Uma fazenda qualquer, um retalho

Que já não me pertence mais

O vai-e-vem das linhas construtoras

Da fazenda tecida de amores

Também vão e vem com a memória

Registros colados num álbum

Figuras coloridas, colcha de retalhos

Que sim, esta sim me pertence

Me fazem ser eu

Ter um presente

Fazer parte do agora

Como alguém que para sempre namora

E enamorado pela vida está.

Ah, coração !

Velho tear da paixão

Não funda jamais seus movimentos

Ofereça-me seus consolos e alentos

E os estampe -

Com sonho,

saudade

Uma pitada de realidade

E duas de ilusão

...

Há cor.

Rodrigo Augusto Fiedler
Enviado por Rodrigo Augusto Fiedler em 06/07/2008
Código do texto: T1067024