ANDARILHOS

A claridade da lua

Banha a noite solitária...

Profundo silêncio!

Sentada à beira do rio

Cerro as pálpebras...

Um som confuso e longínquo

Aproxima-se lentamente...

Um tropel familiar!

Batidas de corações...

Suave melodia de amor

Com soluços de liberdade.

O som se aproxima...

São os ciganos chegando

Alegres, sorrindo e cantando!

E as tropas vão agitando

O remanso da noite enluarada.

O bosque, agora, em festa,

Estremece, move-se,

Dá passagem aos filhos do vento.

A lua movida de paixão

Banha a estrada solitária,

Etérea, límpida e alva...

A caravana andarilha segue

E o silêncio desce outra vez.

Sentada à beira do rio

Abro os olhos,

E lá está meu amor cigano

—Filho do Vento— a me esperar.

Artemis Romni
Enviado por Artemis Romni em 20/07/2008
Código do texto: T1088527
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