NA LUZ DOS NOSSOS OLHOS

Entao surgimos...

e, como em fachos de luzes

os nossos reflexos juntaram-se

e exprimiram e expressaram

uma conjunção perfeita

mais bela, mais intensa,

com muito mais vida

com muito mais cores

que encantam, que fascinam,

que ate mesmo o arco-iris

não imaginava possuir

E, assim juntamos nossas almas gemeas

por tantas vezes falado

ritimado em versos, repletos

e em sonoras rizadas

ao telefone nas madrugadas

Construimos elos

que so eu e voce

viamos e sabiamos fazer sentir

solidificamos conceitos

e formatamos ideais

que so nós sabiamos fazer existir

e, entre chicaras de cafe

e papel em branco

voce nas noites quentes

nas madrugadas inquietas

buscava a mim expressar

planificar,indentificar, codificar, mitificar...

e, entre sorrisos, lagrimas,

frio na barriga, calor na alma

beijava a minha foto

querendo que eu estivesse lá

E, nas manhãs

eu falava a voce do meu dia

em codinome "beija-flor"

antes te desejava bom dia

te deixava beijos e saÍa

e, te deixava flores do campo

e tulipas amarelas

quase sempre sob a janela

pra que voce viesse olhar, regar, sonhar...

Construimos uma historia

com codigos secretos so nossos

e paginas abertas, ditas e lidas

aplaudidas, pela beleza contida

na luz na áurea desse belo amor

e, entre petalas soltas ao vento

multifacetadas em cores

entre pedras e galhos secos

entre risos e dores

caminhavamos sob luzes fortes e fracas

e, as nossas silhuetas refletiam

paz, harmonia, alegria, vida em abundancia

em exzuberancia e seguiamos

O canto de nossas almas

em confluencias,

emergiam e ascendiam

sobre os que estavam a nossa volta

encantados, olhavam, ouviam...

e, todos quase que em reverencia

à bela junção, à bela composição

à bela vida que fluia, que se demosntrava

atraves de nós, dos nossos "eus"

nos aplaudiam, nos seguiam e sorriam...

E, aconteceram tantas coisas....

E nos perdemos nos caminhos

que talvez não soubemos escolher

nem conhecer...

hoje só o silencio restou

na distancia fisica visivel

entre São Paulo e Salvador

e, na subjetiva distancia

da quietude, da ausencia, do silencio

que entre nós ficou, que a tudo calou

e,

na luz dos nossos olhos

que não sabemos ao certo

se ainda estão ascesos

ou se ja apagou...

JORGE BRITTO
Enviado por JORGE BRITTO em 23/07/2008
Reeditado em 23/07/2008
Código do texto: T1093758
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