Astros
Na madrugada abro a janela e vejo a noite se despir,
Ela se vai e dá lugar a manhã que nasce...
É sempre assim.
Sempre será assim...
Do fio do poste um passaro insone me observa,
Há solidão em seus olhos,
E também a alegria de ser livre.
Ser livre por ser só...
[Redundante essa tal liberdade] ele me diz e alça vôo.
As sentinelas ressonam,
E os meus olhos, atentos,
Dá adeus a escuridão que se despede...
No céu, ainda resta uma única estrela,
Tal chama de vela que irá se apagar,
Para dar lugar a uma estrela ainda maior – O sol.
Enquanto ele não vem,
Sinto os acordes do meu coração valsando
Em compassos ternários,
Que dia após dia
compõe em "passos-passo-espera"
e rodopia principalmente nas luas minguantes.
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