Astros

Na madrugada abro a janela e vejo a noite se despir,

Ela se vai e dá lugar a manhã que nasce...

É sempre assim.

Sempre será assim...

Do fio do poste um passaro insone me observa,

Há solidão em seus olhos,

E também a alegria de ser livre.

Ser livre por ser só...

[Redundante essa tal liberdade] ele me diz e alça vôo.

As sentinelas ressonam,

E os meus olhos, atentos,

Dá adeus a escuridão que se despede...

No céu, ainda resta uma única estrela,

Tal chama de vela que irá se apagar,

Para dar lugar a uma estrela ainda maior – O sol.

Enquanto ele não vem,

Sinto os acordes do meu coração valsando

Em compassos ternários,

Que dia após dia

compõe em "passos-passo-espera"

e rodopia principalmente nas luas minguantes.

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Preserve os Direitos Autorais. Lei n° 9.610, de 19.02.98

Elisbeth Vasques
Enviado por Elisbeth Vasques em 26/07/2008
Reeditado em 26/07/2008
Código do texto: T1098299