BALBUCIO

Moe-me um silêncio

de alcova.

Palavras mal dormidas

na boca, estalam a

língua, precipitipam-se

no ventre-corpo...

No hálito que balbucia

qualquer coisa de nós,

essa palavra sorrateira...

Entrego-me:

Falo qualquer besteira,

e mato no beijo o que

eu queria dizer.

LuciAne 14/08/2008

Luciane Lopes
Enviado por Luciane Lopes em 14/08/2008
Código do texto: T1128755
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