Quem és tu?
Assumido vagabundo
No teu doce amanhecer
Deambulo pelo teu mundo
Na ânsia de te conhecer
Sonho plantado na terra
És olhar manso, inquieto,
Dínamo de uma vontade que berra
E me deixa irrequieto
Jovem flor de uma paixão
Que nasces em mim, por dentro,
És noites de contemplação
Dias de puro encantamento
És luz que irrompes sem vénias
E conquistas sem hesitação
Suaves pétalas de gardénias
No nascer de uma canção
Quantos amores por ti passaram
Dementes e avassaladores
Escravos que se persignaram
E se partiram em mil dores
De ti quero a calma de um canto,
Ou um canto que me cante à alma,
Palavras loucas desenhadas de espanto
Ou esculpidas nos corpos sem calma
Quem és tu afinal, poetisa?
Quem és tu…
…que cavalgas agora o meu mundo
De uma forma desenfreada
Deste alguém tornado vagabundo
Por uma mulher apaixonada