Se o azul é zero...

Não te quero assim no meu querer

Como eco que me cala, que me cega

Como náusea de mar a escurecer

O sentido da partida que se nega…

Não te quero, não te quero, sem querer

Nem espero de esperar-te como quero

Sem medida sem regra e sem saber

Se o fim é fogo, se o azul é zero…

E porque te quero em fel e fogo

Em sangue, em cruel desassossego

Mato-me aqui de morte e morro

Por te não ver ferido de amor cego!