Inverno de amor
Poesia on line. Mote de 23.07.2008 proposto por Mara Regina Weiss:
Invernos
Inverno de amor
Maria Quitéria
É enregelante a sensação que se sente
- o corpo parece que vai sucumbir -
o coração mal bate, apenas se ressente;
d'um vento profundo que se pode ouvir.
Dentro do peito a dor molda e toma forma
é um hecatombe, um delírio dolorido,
a mente sabe, mas o corpo não se conforma
com o rasgo a sal que arde inteiro ferido.
Vem garoa, chuva fina e um muito de neve,
- como a branquear o sangue do peito -
e a gente mal respira como se deve;
é uma saudade que beira a porta do inferno,
a ausência de quem se ama não tem jeito,
é fria como o mais profundo e duro inverno.
Sampa, 24.07.2008 00:50hs
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