Longo voo

Atos nervosos que cerceiam o meu livre arbítrio,

vagamente transcorro a ponte equidistante

que está longe daqui,

que está ausente desse tempo.

Lugar onde aprendi

que o bem-estar vai além de estar bem.

O vento aparece em forma

de segredo e suspiro

pra me contar coisas de além do mar,

pra me explicar o que ele entende

do sentimento de amar.

Surrealmente meu peito entende

que vários anos

só serviram pra fortalecer o bem-querer.

Virou monotonia resguardar esse sentir.

O melhor de mim foi posto nas tuas mãos

e você só fez ferir meu coração.

Virou arrependimento e o que eu entendo

está sem explicação.

Analogias se degringolaram,

ações em palavras se metamorfosearam

e o que sobrou foi compaixão.

Quero abrir as mãos e sair dessa prisão,

meu bem me deixe livre

e quando for sair grite

pra me lembrar que já não há quem me prive

de ser quem sou.

O amor verdadeiro não possui limites

e alça um longo voo.

Sandra Vaz de Faria
Enviado por Sandra Vaz de Faria em 13/09/2008
Reeditado em 04/03/2012
Código do texto: T1176128
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