Amor ou morte!
Desta luz que carregas em tuas mãos,
que escondes para que outros não a vejam,
do toque de um amor chovido,
deste olhar penetrante,
sussuro, aos prantos, nas sombras:
As chagas que me trouxestes,
a invisibilidade aos olhos teus,
os cruéis raios vindos do rio,
não são suficientes, amor meu.
Não, quando apareces na constelação.
Vigorosa, esplêndida como nenhuma outra.
Roubo o último cacho em busca de sinais cardinais.
É chegada a hora do fogo, amor.
Os pés resvalando na terra batida,
a inveja - consumindo-me - dos amantes correspondidos,
tornam-se os últimos floreios para um fim, antes, descabido.
A dor de ver em meus punhos espinhos de um Cristo,
os olhos fechados, como vidros rotos.
É a finalização desta insanidade causada por um beijo.
Os pecados deste mel que a mim fora proibido
transformaram-se em meus últimos latejos.