Versos tortos, poesia de amor.
Tempo...
Um vício não se cura facilmente;
um desejo não some de repente,
como em nossa vida entrou.
Vida...
Uma presença nos marca para a utópica eternidade;
mesmo que esta seja só uma feliz efemeridade,
e que amanhã, nem ela nem nós existemos mais.
Coração...
Teu órgão dá-te a vida e guarda valiosa riqueza;
mas ainda não sabes ser capaz de ver a beleza
que advém dos teus próprios sentimentos.
Escuridão...
Deixas-te envolver na névoa do ser,
escondendo-te de todos a especialidade de te conhecer,
ocultando-te até a ti mesmo...
Intensidade...
Perseguem-me teus olhos escuros no sentir;
encantam-me as facilidades do teu sorrir,
dando a impressão de seres mais de um homem.
Incumum...
Achas-te vazio, por não conseguires ultrapassar
toda a neblina que encobre a tua forma de amar,
sem saber que o amor transpira-te em todos os poros e mucosas...
Amplitude...
É o que eu achei neste teu coração,
que julgas ser imenso na mais densa escuridão,
mas que me amou verdadeiramente...
Sinceridade...?
Apareceres foi o momento mais emblemático de mim.
Não penses, porém; que, por isto, fizestes com que, assim,
eu só sentisse os espinhos do sofrimento...
Pois dentro de mim, com o espinho,
nasceu uma flor sem mácula, a maior beleza em meu caminho;
rubra, delicada e única rosa.
Um sincero e singular, AMOR...
(Dedico-a, sem medo de dizer agora, à um homem cujo amor meu é à minha maneira peculiar, mas é amor... "Je ne regrette rien", Diego...)