templo... do amor

Templo... do amor

Qual gotas de luz teus olhos se abrem para eternidade.

O som dos seus passos penetram meus ouvidos,

trazendo a minha memória, o destino atrelado ao seu caminho.

Teu perfume de Jasmim escorre pelos teus cabelos

deliciando meus sentidos com o aroma dos Lírios.

Teu sorriso me diz: “Seguirei teus passos, aonde fores.”

Tu dizeis que eu sou teu Deus, o amor que trás a levesa

que tu precisavas, nas dores e angústias da estrada.

Eu sou teu corcel negro que galopa no teu peito e rasga

teu coração trazendo de volta a vida, um novo sol a brilhar.

Na corrente dos meus desejos te segui até o templo,

após a oferenda, olhou-me com profunda ternura,

a doçura do teu olhar me conduzia as alturas.

Nós somos o destino dos anseios que matam,

somos à água que não sacia a sede,

o prazer que não extingue osdesejos.

Temos que cuidar dos desejos, suavisar o KÂMA.

Quando estou no teu colo tu és Mamas, então adormece a

minha ansiedade, medita no silêncio da minha mente.

No templo do amor, a comtemplação do tempo,

e a chama da tua tua liberdade,

que arde e sopra ao vento... o amor,

dizendo: “Sereis feliz quando logres conquistar o Atma.

Amor eu acompanharei tua viagem pela renúncia e o

sacrifício que temos que fazer nas concessões da vida.

Há espera é a conquista, a paciência é conselheira e

amiga, a bondade é o caminho da perfeição, a caridade é

a redenção da alma, a disciplina é guia no trabalho

altruista razão inversa do egoísmo,

a humildade é condição necessária no labor da vida,

a compaixão é a fortaleza da alma,

a coragem é a fè que remove as montanhas do medo.

Amor eu vi desaparecer banhado pelo sol ardente,

o nosso medo de viver, de sermos felizes.

Ao ver o mar azul de nossos desejos,

ti convidei a mergulhei profundamente no Budhi,

para vivermos e alcançarmos o Samandhi.

Kâma: São desejos e paixões inferiores, Mamas é a mente,

Atma é o Eu superior, a conciência de divindade,

Budhi é a razão iluminada, Samadhi é a paz em plenitude.

Ricardo,16/10/08.

Inpirado no livro Passáros livres,

Divaldo Franco, pelo espírito Rabindranath Tagore.