Inocência perdida

Segue teu caminho,

Feito de cinzas,

Dor e angustia...

Pois sofro agora,

Por algo sem sentido...

Peito aberto,

Dilacerado,

Rasgado pelas garras do amor...

Sangue pálido,

Suave veneno,

A vida extingue-se,

cessa e acaba...

Pudera, arrancando de meu peito aberto fora,

Coração maldito,

Teimoso...

Entregaste o que tem de mais sagrado,

Mais caro,

Mais simples...

Presenteou-o,

Ingrato,

Cruel,

Foste tu amado...

Apossou-se,

Invadiu,

Entro em meu peito...

Ocupou os espaços,

Encheu eles de luz e esperança a minha calejada vida...

E agora,

Simplesmente larga-me,

deixando-me aos pratos,

Sem ao menos um recanto ou refugio...

Lorrana
Enviado por Lorrana em 19/03/2006
Reeditado em 16/08/2007
Código do texto: T125268