Anatomia do Amor

No silêncio inquieto da noite

Ouço o vento flutuante e solto

E ponho-me a refletir carente

Como tudo começou com a gente

A aproximação pelos versos eternos

Sua alquimia que invadiu e adentrou

Seduziu e formou o processo poético

Revolucionário no sentido do alcance

Onde as almas uníssonas se completam

Cobertas pelo manto indelével da ternura

Inspiradas namoram com intensa doçura

Tecidas em noites de refinada loucura

Tendo ali no mar uma estrada prateada

Iluminada pelo rastro deixado pela lua

E é desse imaginário palco desenhado

Que meus olhos brilham e fixam encantados

Nos teus tão negros, misteriosos e enigmáticos

Que desse dialogo não restou mais dúvidas

Da combinação dos elementos deu-se o elo

Amalgama da carne, corpo, espírito singelo

E nada mais os separou pelo uso nas sutilezas

Fluídas pelo papel pelos poemas e mensagens

Agora imortalizadas como sinfonias acabadas

Compostas como se os dois transcendessem

Tempo e espaço como milagre desaparecessem

Dando delicado sentido a um projeto divino

De mostrar e provar aqui a todo este mundo

Que pelo uso da sensibilidade e do sentimento

É possível saborear a eternidade profunda da vida.

Hildebrando Menezes

Navegando Amor
Enviado por Navegando Amor em 29/10/2008
Reeditado em 30/10/2008
Código do texto: T1254050