Á Deriva
Chuva de ventos fortes
que bateram em minha velas,
me levaram.
Para longe,
por aí neste mar revolto.
Águas que me cobrem,
me deixam livre
para que a correnteza
me leve.
Á deriva.
Sem rumo e sem remos.
Sem portos e sem cais.
Sem nenhuma enseada
que me chame.
Se me quiseres em teu porto,
terás que vir até aqui.
Entrar neste mar
e firmemente me rebocar.
Use as correntes da afinidade.
Pode me arrastar.
Não puxe com força.
E quando me ancorar,
prenda bem.
Ventos fortes em tempestades,
me levariam de volta ao mar.
Onde me perderia novamente
neste grande Oceano.