TODO AMOR QUE POR TI EU SENTIA...

Adormecera em mim todo amor que por ti eu sentia.

De repente você não era mais importante,

podia desaparecer para sempre!

Até mesmo a angústia que se via,

neste peito não mais permanecia.

E, seu colo, antes aconchegante,

Agora, era ninharia, esmola cara.

Aquele beijo que açucara a boca,

você perdeu, já não há mais em ti.

O amor serenou, fez-se fraco, feneceu...

Hoje, em mim, o forte amor de antes

cedera espaço a uma descrença fatal.

Adormecera em mim todo amor que por ti eu sentia.

De repente você não era mais admirável,

podia desaparecer para sempre!

O amor fugiu por entre os dedos,

Fez-se areia fina, desfez-se acabrunhado...

Igual ao perfume, perdera-se a fragrância,

submerso no perfume que nunca houvera.

Adormecera em mim todo amor que por ti eu sentia,

assim: do nada e de repente.

IVAN CORRÊA
Enviado por IVAN CORRÊA em 05/11/2008
Reeditado em 06/11/2008
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