Não te quero

Não te quero com um buquê das mais lindas rosas,

Que eu o possa sentir e me embriagar na fragrância.

Não te quero como o príncipe dos meus sonhos juvenis,

Que eu durma beijando tua terna face e acorde chorando por não ter sido milagre.

Não te quero como o grande homem de caráter e carisma invadindo meus pensamentos à revelia,

Que eu só jamais apreciaria a tua beleza e sentiria o teu perfume por não passar de uma fantasia, sim, porque só seria real se fosse a dois.

Não te quero como minha fonte favorita de alegria,

Que eu só poderia lembrar aquele primeiro sonho e depois chorar ao acordar, sem consolo ou razão, apenas com meu tolo coração.

Quero-te como um homem verdadeiro,

Que sejas amigo quando puderes e consigas tolerar a expressão do que tu sempre soubeste provocar.

Quero-te também como o mistério que desconheço,

Que não te vá embora se, por ventura, perderes uma esperança e a vontade de vencer. Porque a minha escuridão seria quando fizesses isso deixando-me sem nada saber.

Quero-te como o vinho,

Que mesmo não sendo tua presença diária e constante, possas aparecer corajosamente contrariando regras morais e transformando meu sofrer em prazer, sem corpos ou gozos, apenas corações semi-iguais.

Não alguém que eu conheça ou pense conhecer, mas o único que saiba ser inteiro sem se esconder, cujo nome poderia eu dizer...