Amantes

Oh! Tempo que investe sobre meu momento... Não há consolo no ato que destrói, nem prazer para quem busca no escombro alheio, o corpo estático e frio de quem ama.

Não há mais tempo. E de nada adiantará suplicar por mais um instante. Sofrimento.

Ri tempo, achas que com teu poder rompe com esta paixão arrebatadora, furtiva e breve que só os amantes tem. Que nesta frieza interrompe meu ato só para me mortificar.

Engana-se, pois agora posso agradecer a este pequeno soluço teu, que me deu o momento eterno. Ser muito mais que ti, estar além de ti.

Para o que espia pelas fechaduras, não se acanhe, agora sou livre, amante. Agora sou a poesia de quem viu, daqui, tanta beleza. Arte impressa, neste vão vazio e cheia de amor.

Amor por ela.

ANTONIO LUÍS GASPAR

Amante

Oh! Tempo que investe sobre meu momento... Não há consolo no ato que destrói, nem prazer para quem busca no escombro alheio, o corpo estático e frio de quem ama.

Não há mais tempo. E de nada adiantará suplicar por mais um instante. Sofrimento.

Ri tempo, achas que com teu poder rompe com esta paixão arrebatadora, furtiva e breve que só os amantes tem. Que nesta frieza interrompe meu ato só para me mortificar.

Engana-se, pois agora posso agradecer a este pequeno soluço teu, que me deu o momento eterno. Ser muito mais que ti, estar além de ti.

Para o que espia pelas fechaduras, não se acanhe, agora sou livre, amante. Agora sou a poesia de quem viu, daqui, tanta beleza. Arte impressa, neste vão vazio e cheia de amor.

Amor por ele .

ANTONIO LUÍS GASPAR

ALGaspar
Enviado por ALGaspar em 24/03/2006
Código do texto: T127653