DOM DA VIDA

Dom da vida

Isabelle Mara

Disseram certa vez que eu cantava

E tantas vezes me fizeram crer,

Que convencida, transformei a lágrima,

Num canto doce em cada amanhecer.

Fiz do silêncio o canto que faltava

Nas noites tristes de algum trovador

E cantei versos como quem amava,

Amei com o amor que a vida me ensinou.

Não quis no entanto, nada que não fosse,

Tornar minha alma menos solitária;

Quis tão somente transformar em flores,

Espinhos que outrora feriram minha alma.

Nada pedi em troca do meu canto,

Senão o espaço que a vida me deu.

Tentei cantando sufocar o pranto,

E acalentar sonhos, não somente meus.

Brasília, DF

Registrado na Biblioteca Nacional

Isabelle Mara
Enviado por Isabelle Mara em 11/11/2008
Código do texto: T1276974
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