Poema para um Amor - XVI

Poema para um Amor - XVI

À janela do olhar

A solidão da saudade

Desnuda-me numa ternura explícita

No horizonte em que me perco

O infinito ilumina-se de ti

Nada mais há a ser dito

Enquanto a tarde se desdobra

Colorindo-se de lilases

Presenciando o teu habitar-me

Sempre resta algo de mim

Que teu olhar busca encontrar

Sabes que meu coração

Nunca desperdiçou gestos

Guiando-te ao lado mais real

Onde o afeto, o amor, a emoção

Ignoram a mais pura das lógicas

Deambulo serenamente por teu olhar

E mesmo que ainda não compreendas

Há a memória do sonho

Que sempre me conduz para ti...

© Fernanda Guimarães