Não sou nada

Escondi de mim quem de fato eu era

Uma amante dos sonhos

Uma doce quimera

Nem existo de fato

Já fiz um novo contato

Só pra provar que sou aquela

Fiz a ingratidão se doar

Fiz a tristeza sorrir

Fiz o amor se entregar

Se não existo de fato

Qual o meu retrato

O que faço por aqui

Sou uma alma deserta

Uma figura incerta

Na rua sem dono

Sem chance de ser predileta

Sem que ninguém me perceba

Então quando a noite chegar

E eu tiver que partir

Nem vou saber se morri

Nem vou saber se vivi...

Ana Maria de Moraes Carvalho
Enviado por Ana Maria de Moraes Carvalho em 12/11/2008
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