Sede de tudo
Sede de tudo, sede se viver,
Sede de fazer, sede de olhar.
O mundo pára para ser,
e eu paro de amar.
O relógio conta o tempo,
eu somente conto contigo.
Viver? Ainda não sei se consigo
e as memórias voam com o vento.
Sinto-te, mundo, por fim!
Sinto-o e espero-o e quero-o.
Mas apenas a viagem importa,
e não sei se volto a mim.
Acorda, acorda-me!
Vive e sente, vibra na noite.
Grita. Salva-me!
Salta e respira, de que vale a pena a vida,
se a vida não descansa,
e se eu não estou aí contigo?
Tenho sede de tudo,
Mas não há água neste deserto.
E a única miragem és tu.