Primavera

Primavera

De todas as maneiras queres me apossar

Como se já não soubesse que és o sangue,

O veneno que corre em minhas veias plácidas

Que como a noite ao dia desfalecem...

Tua voz aos meus ouvidos é sacramento,

Solo de saxofone à meia noite lua cheia,

Abrigo que dilacera em plena primavera

A alma cheia de feridas e pétalas florais.

Olhar de espelho que distorce a imagem

Afogada em lágrimas cândidas que insistem

diante de ti cair como estrelas cadentes

Durante um céu de tempestade e vidro;

É fogo que consome o espirito e a lira,

O redemoinho na mente insone da madrugada,

O maldizer e o bem querer nos lábios do

Viajante... A pétala de sakura a voar.

(Mas uma coisa fica em meus olhos,

evidentemente quando diz que ama...)

R Duccini
Enviado por R Duccini em 07/12/2008
Reeditado em 07/12/2008
Código do texto: T1322806