ODE DO FIM

ODE DO FIM

Construo nossa Ode

Um filete de seiva

Caindo, sucumbindo

Caule ainda que forte

No sotão das

Lembranças

Talvez a última gota

Da Saga

Da bailarina

Slowmotion

diante daquele

sem tesão,

sem direção

Que não dança

Rosa dos Ventos mexicanos

Diva noir, na Route 66

Sem pés nos olhos

Perdi o caminho nas antíteses

Prometida terra, a América

Transporta aquele brilho

Luz para o peito

Queimam fósforos metades

Nos fenos enrolados

D’Alma, nas veias

No peito derrete

O Lírio

E a Rosa

Desligam-se dedos

Xícaras e copos

The fire angels

Por nada, sem nada

Tilintam, trincam

escuridão

De desacertos

Acertos

Calados, sem ruídos

Agora

Limbo vivo

A frágil foge

Andarilha

Some, apaga

Como

Perfume de Céu

E com chips

Subcutâneos

Easy Rider

Morre

Cíntia Thomé

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Cíntia Thomé
Enviado por Cíntia Thomé em 08/12/2008
Reeditado em 08/12/2008
Código do texto: T1324428
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