A FLOR QUE AMEI
Ela não tinha espinhos.
Nem tinha cor.
Mas tinha amor.
A flor que amei não era pálida.
Mas também não era negra.
Mas também não tinha perfume,
como todas as flores de poesia.
A flor que amei nunca viveu em buquês.
Nem nunca sobreviveu de lindezas.
Nem nunca frequentou velórios.
Nem nunca se vestiu de pano.
A flor que amei foi única.
Únicas são todas as mulheres.
Do mundo.