A fuga

Onde foi parar todo aquele amor,

que se manifestou na manhã

invernal de julho.

Naquela estação foi rompida a barreira do silêncio

para dar lugar às canções mais quentes e sublimes

que falavam do amor, que tempos depois se esgotou.

Lançaram-no no abismo do esquecimento e ali o deixaram,

sem sequer refletir que em algum dia do passado existiu

e foi aos poucos apagado por sua própria falta.

Em sonhos talvez surgisse, ostentando beleza e grandeza,

dos dias em que era tão vivo, assim como um jardim florido.

O calor nos dias frios não foi suficiente para aquecê-lo;

sua necessidade não foi suprida todo dia.

E assim foi embora, sem deixar rastro ou explicação de sua existência.

Permitiu apenas saber que são inefáveis as

suas condições de chegada e partida.

Khall Alves
Enviado por Khall Alves em 15/12/2008
Reeditado em 27/08/2014
Código do texto: T1336090
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