POR QUE NÃO?
Eu engulo palavras,
em bilhetes de amor...
Por que não vens agora
Beijar-me as têmporas:
Em tempo certo,
Em tempo santo...
Tem tanto tempo que
Eu não bebo do pranto
Que vem do canto da
tua boca...
Tem o teu tato...
tem o teu retrato....
Tem coisas tuas que
já faz tempo que eu
não conheço, que já faz
frio que eu padeço
de calor de abraço.
Eu engulo vontades,
verbetes de cor...
Por que não vens agora,
saber-me