Súplica de Amor Eterno

Partiu a alma de partida, em duas

Fez-se o silêncio nas palavras cruas

Sem mala, sem nada, rumou pelo caminho

Antes canteiro florido, agora apenas secos espinhos.

O sol brilha ainda, mas a luz não é clara

Desejo intenso de refrescar a alma

Que seja torrente a chuva que espero

Que lave as lágrimas do meu desespero

Que ecoe ao longe o som do meu grito

Que se possa propagar além do infinito

Que a dor se cure na lembrança do sorriso

Do amor que jurei ser meu paraíso

Se é o tempo que cicatriza os sentidos

Espero inerte o fechar da ferida

Espero o verão depois do longo inverno

Para ver florescer outro amor eterno

Fernanda Vaitkevicius
Enviado por Fernanda Vaitkevicius em 23/12/2008
Código do texto: T1350491
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