Relatozinhos de amor

Que amor sentiu aquele dia. Daria pra fazer um poema se tivesse palavras. Preferiram passear de mãos dadas. Caso chovesse, não se incomodaria com o cabelo. Estar junto dele era muito bom. Ficaram quase sem falar. Olhava para seu esmalte lascado, mas não achou vulgar. Quem se importava? Talvez amar também fosse isso.

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Eu já me perdi várias vezes. Por distração, por culpa, por inconseqüência. Mas esse tipo de situação que sempre fará parte da minha vida parece incabível. Eu tenho uma capacidade incrível de disfarçar.

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Saiu do carro, sorrindo. Pos os pés na poça da rua, mas nem ligou. Ela somente se lembrava. Pelo caminho, flutuava. Como um anjo de asas molhadas. Mais uma vez se via pensando nele. Ria dos pássaros e a metrópole tinha uma canção. Nada tão lindo que a fizesse recordar mais tarde, só se lembrava de violinos e pianos.

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Estava acabado.Papel e lágrimas apertaram com as mãos um coração.Justo agora que precisava dele.Seria capaz de fugir dali, mas sentia-se tão envergonhada que não consegui se mexer.Achava que queria chorar.O que acabou acontecendo depois.Mas o ano todo estava lá, em branco.Algumas páginas amareladas porém insistiam em atrapalhar.

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- -Senta aí.

-Oi.

-Você gosta dessa? Stay with me...

olhou o céu, sabia que era hora de ir para casa.Ouviu a música e se sentou.

Seria apenas mais um daqueles dias com música que ninguém poderá tirar da mente.

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Era praia e era noite.tinha uma lua, uma fogueira e um violão.Só não tinha ele.

E esse meu coração apertava os olhos e as lagrimas rolavam. Eu só queria saber de onde vinha tanta paixão.

Ontem foi a chuva, a casa escura e a música de fora. E novamente você não estava lá.

Cada dia é um tormento. E amanhã poderá ser qualquer coisa.

Fernanda Pessoas
Enviado por Fernanda Pessoas em 27/12/2008
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