Serenando...

Sob a tenra luz que enebria o céu

Ao martírio da escuridão que vagueia

Cobre-me as estrelas como um véu

Que até a meu corpo traz candeia.

E acalenta nas cavernas da verdade

O que a tempestade da mentira fez

Trazendo reboliço e muito alarde...

Ao que por sorte se perderá de vez.

E no breve suspirar da despedida

Onde o brilho que aceso me cegava

Por de tanto iluminar, perdia vida

E ao invés de me doar, ela tirava.

Mais um copo que deixei na mesa

Empilhado nem vazio nem cheio...

Entre as sobras, pairando a tristeza

Meu coração encontra-se no meio.

Noemi Prates
Enviado por Noemi Prates em 04/01/2009
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