Serenando...
Sob a tenra luz que enebria o céu
Ao martírio da escuridão que vagueia
Cobre-me as estrelas como um véu
Que até a meu corpo traz candeia.
E acalenta nas cavernas da verdade
O que a tempestade da mentira fez
Trazendo reboliço e muito alarde...
Ao que por sorte se perderá de vez.
E no breve suspirar da despedida
Onde o brilho que aceso me cegava
Por de tanto iluminar, perdia vida
E ao invés de me doar, ela tirava.
Mais um copo que deixei na mesa
Empilhado nem vazio nem cheio...
Entre as sobras, pairando a tristeza
Meu coração encontra-se no meio.