A CARTA

Ensaiei, tantas vezes, o que eu queria te dizer,
Mas nada parecia refletir o que meu coração queria.
Tantas folhas eu rasguei sem saber o que escrever.
Da caneta, fiz minha companheira numa noite vazia.

Eu sentia que deveria começar de qualquer jeito,
Mas as palavras não se encaixavam em meus pensamentos.
Na mão, a caneta escorregava, sentia até dor no peito.
Aflição por não conseguir expressar esses sentimentos.

Então, meio sem modos, comecei assim aquela missiva,
Dizendo-lhe coisas, assim, meio sem tanta importância.
Como quem conta longa história, fiz contagem regressiva,
Nas linhas daquela folha, a letra rabiscada com ânsia.

Dos escritos, mal feitos, não achei assim tão bom.
Ainda não era o que havia de mais perfeito - reclamo!
Faltava às palavras debruçadas, um verdadeiro tom.
Inicio uma nova carta, onde escrevo somente "Te amo!"