Christina
Christina
Pele morena de tempos passados,
rosto um sorriso de mel delicado,
cachos castanhos soltados, sonhados,
soltos, serenos segredos guardados.
Olhos castanhos da'mendoas, castanhas.
Densos sabores tão tenros, de estranhas
chamas contidas, retidas, tamanhas
gemas de ferro, tão densa a tua manha...
Olhos de fogo perpétuo em sorriso
doce diabólico gesto preciso
leve reflexo certo e conciso,
lábios calados, tão tímidos risos.
Gestos de fada, com dedos de fadas,
mãos delicadas por dom, são prendadas
sedas macias, são surdinas sonatas,
feitas de sonhos, pra serem sonhadas!
Olha pro chão, num ar encabulado,
chama Christina no crachá pendurado,
em seu uniforme amarelo e amassado...
- Ela trabalha, num supermercado!
Para uma menina de nome semelhante, que atendia na area de cartão acho... Em um supermecado.
Que ficou encabulada por causa minha e de um amigo, que ficamos, digamos, falando dela. Sendo que de um certo modo, ela percebeu, ficando encabulada.
Estava escutando um Flamenco quando escrevi, o Flamenco se chamava Ay Cristina, que me lembrou o nome, por semelhança, do qual juntei, sendo assim Christina.