Perdão
Perdão
Por não estar sempre a sorrir
Ou por mentir
De vez em quando
Pelas vezes em que a ouvi
Sem olhá-la nos olhos
E por não abraçá-la
Todas as vezes em que a encontrei
Perdão
Por não agir sempre como deveria!
Pelas vezes em que não reconheci meus erros
Por não me esforçar mais para compreendê-la
E pelas vezes em que não agi com amor!
Me perdoe
Por favor
Por não me colocar no seu lugar
Ou por não estar ao seu lado
Todas as vezes em que precisou de mim
Por não expressar a gratidão que sentia
E não ser tão grato quanto você merecia
Me perdoe não perceber o quanto sofria
Cobrando reciprocidade à minha alegria
Por não perceber quando, cansada,
Precisava da minha energia
Por julgá-la tão rigidamente
E não avaliar minhas atitudes com o mesmo rigor
Perdoe as vezes em que, displicentemente,
Me atrasei, sem correr
Falhei, sem tentar
Não vi, sem perceber
Não encontrei, sem procurar
Perdão
Por não poder lhe dar nenhuma garantia
De que não tornarei a errar
E não saber – será hei de aprender um dia? -
Agir, como deveria agir quem diz amar
(Djalma Silveira)