Ele é Xoroquê!
A luz!
Êle é Xoroquê!
Nascido na aldeia de Irê,
sagrado guerreiro como você!
Conquistou o viver...
Foi a guerra, lutando matando,
recriando o viver!
O renascer!
Nasceu da terra, do fogo, da água e do ar,
Empunhou sua espada, lutou, venceu,
devolveu à vida com o preço da vida...
Resplandecer,
sabedoria do próprio ser!
Inhaçã, deusa mulher, alforria, eterna razão...
A vida fazendo à vida,
a detentora do nascer ou morrer!
Amou, viveu, se tornou guerreira,
Inhaçã o enfeitiçou!
Encontrou a razão!
Você!
Xoroquê a razão...
Eterna adoração!
Traçou seu destino,
empunhou sua espada dourada,
passou a lutar,
lutar pela dignidade!
Escreveu tudo que via, vivia e sentia!
Trovoadas soaram dos céus!
Raios caíram ao chão!
Ameaçado pelo próprio trovão!
Xangô, Justiça e razão!
Guerreiro , poeta , artista vivendo a cantar...
Cantando, bradando!
A poesia, o coração!
Xoroquê, aquá, eji belô ô oiê... Àjequê meji, Xorô... Xorô...
Xoroquê, aquá, eji belô ô oiê... Àjequê meji, Xorô... Xorô...
Xoroquê, aquá, eji belô ô oiê... Àjequê meji, Xorô... Xorô...
Belé, belé, xoroquê, xorô, Xorô... Ejí! Aguatesi...
Por anos entrgue à guerra!
Amando, vivendo, cantando e matando...
Pensando, voltar a seu povo,
trazendo vitórias e o prazer de viver,
derrotando o azar, avarezas e traições.
Reluzindo às estrelas,
vivia a lutar e sonhar.
Retornou à aldeia,
reverências, cabeças ao chão !
Pura redenção...
Ofendido esqueceu...
Era o seu dia!
Era sua sagração em irê!
Tanto tempo passado,
esqueceu o ser do não ser...
Empunhou a espada,
começou a matar!
Matar e matar...
A luz o levou o pensar!
Inhaçã sentiu sua ira,
pôs-se à chorar...
Sangue jorrava,
lágrimas lavava...
A ira febril dominou sua mente, seu corpo...
Xoroquê, aquá, eji belô ô oiê... Àjequê meji, Xorô... Xorô...
Xoroquê, aquá, eji belô ô oiê... Àjequê meji, Xorô... Xorô...
Xoroquê, aquá, eji belô ô oiê... Àjequê meji, Xorô... Xorô...
Belé, belé, xoroquê, xorô, Xorô... Ejí Aguatesi...
Odé baré caraô !
Auá mejí auê tum!
Auá mejí caparaô!
Da luz ressurgiu a verdade!
Era dia sagrado!
Ele é Xoroquê!
Exú e odé, irmãos ao pesar,
repugnaram o matar...
Desvairado pela própria emoção...
Devoção, traidora razão...
Alegria intensa...
Esqueceu a sagração.
Enlouqueceu, chorou, padeceu,
fez um buraco ao chão.
Eternamente se escondeu!
Viveu! Viveu e viveu, vive!
O amor por Inhaçã...
Oxum, das lágrimas nasceu...
Das lágrimas, o amor se eternizou...
Flagelou-se por respeito a seu povo!
A vida, a justiça, a razão...
Deixou a semente rara plantada ao chão!
Por amor,
mata-se sem razão!
Cuidado!
Não esqueça esta lição!
A vida agora é cantar e cantar.
Amor semear,
vidas e vidas salvar!
Êle é Xoroquê...
Xoroquê, aquá, eji belô ô oiê... Àjequê meji, Xorô... Xorô...
Xoroquê, aquá, eji belô ô oiê... Àjequê meji, Xorô... Xorô...
Xoroquê, aquá, eji belô ô oiê... Àjequê meji, Xorô... Xorô...
Belé, belé, xoroquê, xorô, Xorô... Mejí Aguatesi...
Odé baré caraô !
Auá mejí... auê Xoroquê... Au mejí... Caparaô!
Carlos Sant’Anna
A luz!
Êle é Xoroquê!
Nascido na aldeia de Irê,
sagrado guerreiro como você!
Conquistou o viver...
Foi a guerra, lutando matando,
recriando o viver!
O renascer!
Nasceu da terra, do fogo, da água e do ar,
Empunhou sua espada, lutou, venceu,
devolveu à vida com o preço da vida...
Resplandecer,
sabedoria do próprio ser!
Inhaçã, deusa mulher, alforria, eterna razão...
A vida fazendo à vida,
a detentora do nascer ou morrer!
Amou, viveu, se tornou guerreira,
Inhaçã o enfeitiçou!
Encontrou a razão!
Você!
Xoroquê a razão...
Eterna adoração!
Traçou seu destino,
empunhou sua espada dourada,
passou a lutar,
lutar pela dignidade!
Escreveu tudo que via, vivia e sentia!
Trovoadas soaram dos céus!
Raios caíram ao chão!
Ameaçado pelo próprio trovão!
Xangô, Justiça e razão!
Guerreiro , poeta , artista vivendo a cantar...
Cantando, bradando!
A poesia, o coração!
Xoroquê, aquá, eji belô ô oiê... Àjequê meji, Xorô... Xorô...
Xoroquê, aquá, eji belô ô oiê... Àjequê meji, Xorô... Xorô...
Xoroquê, aquá, eji belô ô oiê... Àjequê meji, Xorô... Xorô...
Belé, belé, xoroquê, xorô, Xorô... Ejí! Aguatesi...
Por anos entrgue à guerra!
Amando, vivendo, cantando e matando...
Pensando, voltar a seu povo,
trazendo vitórias e o prazer de viver,
derrotando o azar, avarezas e traições.
Reluzindo às estrelas,
vivia a lutar e sonhar.
Retornou à aldeia,
reverências, cabeças ao chão !
Pura redenção...
Ofendido esqueceu...
Era o seu dia!
Era sua sagração em irê!
Tanto tempo passado,
esqueceu o ser do não ser...
Empunhou a espada,
começou a matar!
Matar e matar...
A luz o levou o pensar!
Inhaçã sentiu sua ira,
pôs-se à chorar...
Sangue jorrava,
lágrimas lavava...
A ira febril dominou sua mente, seu corpo...
Xoroquê, aquá, eji belô ô oiê... Àjequê meji, Xorô... Xorô...
Xoroquê, aquá, eji belô ô oiê... Àjequê meji, Xorô... Xorô...
Xoroquê, aquá, eji belô ô oiê... Àjequê meji, Xorô... Xorô...
Belé, belé, xoroquê, xorô, Xorô... Ejí Aguatesi...
Odé baré caraô !
Auá mejí auê tum!
Auá mejí caparaô!
Da luz ressurgiu a verdade!
Era dia sagrado!
Ele é Xoroquê!
Exú e odé, irmãos ao pesar,
repugnaram o matar...
Desvairado pela própria emoção...
Devoção, traidora razão...
Alegria intensa...
Esqueceu a sagração.
Enlouqueceu, chorou, padeceu,
fez um buraco ao chão.
Eternamente se escondeu!
Viveu! Viveu e viveu, vive!
O amor por Inhaçã...
Oxum, das lágrimas nasceu...
Das lágrimas, o amor se eternizou...
Flagelou-se por respeito a seu povo!
A vida, a justiça, a razão...
Deixou a semente rara plantada ao chão!
Por amor,
mata-se sem razão!
Cuidado!
Não esqueça esta lição!
A vida agora é cantar e cantar.
Amor semear,
vidas e vidas salvar!
Êle é Xoroquê...
Xoroquê, aquá, eji belô ô oiê... Àjequê meji, Xorô... Xorô...
Xoroquê, aquá, eji belô ô oiê... Àjequê meji, Xorô... Xorô...
Xoroquê, aquá, eji belô ô oiê... Àjequê meji, Xorô... Xorô...
Belé, belé, xoroquê, xorô, Xorô... Mejí Aguatesi...
Odé baré caraô !
Auá mejí... auê Xoroquê... Au mejí... Caparaô!
Carlos Sant’Anna