Tempo!

Faça de conta mas não me peça
tempo, argumento falho
completamente ultrapassado...
Não é assim tão simples, mas não
se melindre, não se humilhe
e vem buscar teu colo quente,
fogo que você não encontra
mais acolá...
O tempo é um abstrato desconhecido,
passa mas não tem capacidade
de sentir, não se importa
com as lágrimas que rolam dos teus
olhos, sal que afoga tuas emoções...
Não há tempo e não sou quimera,
sou ninho amante que deseja
ser devorada pelos teus
desejos despudorados com
sabor de pecado...
Sou todas as tuas manhãs,
tardes e noites, sou todas
as estações dentro do
meu próprio
tempo...

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Naida Terra
Enviado por Naida Terra em 11/02/2009
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