Nossa morada

Nossa morada

Nem o mundo imenso

Que se interpõe a nós

Logra nos separar

Que dizer dos dias

Que em vão nos separam

Quando a eternidade nos une?

No meu peito calado

Há este bosque florido

Onde nos encontramos

A água que brota da fonte

Não há mais límpida

Dela, só nós dois bebemos

Nosso mar é o mais fundo

Onde as ondas gigantes

Não fazem alarido

Nossa morada é feita

De paz e de silêncio

E é o amor que a alicerça

Em lugar de cimento

(Djalma Silveira)