SOU METADE DE MIM...
 
Sou metade de mim, a outra perdi...
A metade que sobrevive em mim,
me é imposta, procuro achar a outra
que escondi não sei onde...
Vivo a metade excessiva da minha
realidade... é frio... sinto muito frio.
Tateio meu corpo com as pontas
dos dedos e não o sinto inteiro...
Ah! como sou ingênua...
Quantos (nãos) ainda terei de dizer aos
amores que cruzam meu caminho deixando-os
a deriva e em vão busco as minhas
ilusões em algum lugar que deixei
se perder no tempo... diluiu talvez...
Tudo que eu quero é uma pista, um sinal,
preciso ter de volta minha outra metade e
ser inteira novamente, tudo se move de forma
imprevistas, imprecisas e respiro
 exaustivamente um silêncio irredutível.
Sou só metade de mim, a outra não está em mim...
Quero encontra-la, quero voltar a amar e desamar
para ser uma mulher completa, ter sonhos,
chorar e não ter limites... ser livre como
é o vento que sopra, canta e encanta.
Vou ter com o mar... perguntar, indagar...
Quem sabe conta algo pra mim....
 
Naida Terra
Enviado por Naida Terra em 21/02/2009
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