INSANIDADE

INSANIDADE

Marcelo ShytaraLira

Sampa 16/11/2006

Sinto o passado rosnar em meus ouvidos

Projetando meus fantasmas...

Rindo em minha consciência corpulenta

Minhas lentes fotografam o mundo e em nada crêem...

Creio que a fé é apenas um momento de insanidade

Portanto sou um eterno crente

Apesar de minha fé ser apenas uma frase:

Não há poesia inédita há PseudoPoeta

“Um pseudopoeta indigesto...

Indigente... nas letras... nas certezas...

Na aceitação do conhecimento do tudo que há

Pedinte do amor... um arqueólogo

À procura da mulher que lhe será ideal...

Sonhando viver n’uma casinha de barro e folhas de coqueiro

À beira mar... uma jangada... algumas linhas com anzóis...

Poucas lagostas.... Muitas ostras... Para intensificar o sexo...

Brincando de pega-pega... Nus... acompanhados pelo vento”

Minha insanidade é tamanha que limpo meus ouvidos

Esperando assim ouvir Deus... o Deus da criação

O Deus que tanto penso da inexistência mas que me faz buscá-lo

“Pra que me fazer buscá-lo se está disposto a nunca aparecer?”.

Louco né... Eu sei... É isso...