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Se a dor se fizesse líquida
Se pelos poros da pele saísse
Se para o mar a chuva a levasse
 
Se não tivéssemos mais culpas
Se todos sapenas sorrissem
Se o céu nos perdoasse
 
Se a vida não fosse breve
Se fossemos livres e leves
Se a febre de amar nunca passasse
 
Se todo dia fosse celebrado
Se vivêssemos apaixonados
Se todo mundo se amasse
 
Se o respeito fosse uma religião
Se nossa arma fosse o perdão
Se a ambição não nos cegasse
 
Se o dinheiro não existisse
Se o desejo apenas servisse
Para que a paixão não esfriasse
 
Se o rancor não subsistisse
Se as palavras não nos traísse
Se apenas o coração falasse
 
Se não houvesse a desconfiança
Se nossa pobre esperança
Não só de fé se sustentasse
 
Se todos fossemos gentis
Se as almas não fossem vis
Se só a inocência imperasse      
 
Se eu me fizesse melhor
Se os caminhos do amor eu soubesse de cor
Se meus erros eu aceitasse
 
Se fossemos realmente irmãos
Se pudéssemos repartir o pão
Se nossa voz não se calasse
 
Se teu beijo tivesse o gosto da manha
Se as desavenças fossem embora
Se apenas a harmonia ficasse
 
Se da vida só valesse o sabor
Que embala de alegria o amor
Se o rio dos beijos nunca secasse

Se a vida não fosse tão tênue                                                       
Se a felicidade fosse mesmo possível                                               
Se a angústia do  viver não nos castrasse...!
 
 
Celio Govedice
Enviado por Celio Govedice em 07/03/2009
Reeditado em 02/02/2010
Código do texto: T1474391
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