ROSAS
Ela me manda rosas. Despudoradamente, aceito,
Flores lindas para juntarem-se à minha essência,
Rosas exprimindo o amor nas quais me deleito;
Flores a me dizer paixão e espera em paciência.
Seria eu a ter tamanho gesto de vasta candura,
Ofertando-lhe flores, que nem sei se seria igual;
Pois as flores se inibiriam diante da beleza pura,
Que emana de seu corpo, esguio e tão fenomenal.
Mas se não vão às rosas, aceita esse poema puro,
No vaso sagrado da alma, estão as que me oferta;
Regadas na água viva dessa paixão que lhe juro,
É permanente, que não sei dizer, mas é tão certa.
Agarra esse poema como se fossem rosas lindas,
Flores perfumadas exprimindo querer constante,
Expressão mais pura de todas as paixões infindas;
As rosas que me dás, estão comigo nesse instante.