ROSAS

Ela me manda rosas. Despudoradamente, aceito,

Flores lindas para juntarem-se à minha essência,

Rosas exprimindo o amor nas quais me deleito;

Flores a me dizer paixão e espera em paciência.

Seria eu a ter tamanho gesto de vasta candura,

Ofertando-lhe flores, que nem sei se seria igual;

Pois as flores se inibiriam diante da beleza pura,

Que emana de seu corpo, esguio e tão fenomenal.

Mas se não vão às rosas, aceita esse poema puro,

No vaso sagrado da alma, estão as que me oferta;

Regadas na água viva dessa paixão que lhe juro,

É permanente, que não sei dizer, mas é tão certa.

Agarra esse poema como se fossem rosas lindas,

Flores perfumadas exprimindo querer constante,

Expressão mais pura de todas as paixões infindas;

As rosas que me dás, estão comigo nesse instante.

Lúcio Astrê
Enviado por Lúcio Astrê em 13/03/2009
Código do texto: T1485296
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